Olhou uma vez, olhou duas e olhou mais algumas, com toda
atenção que lhe era possível naquele momento de choque.
Parecia não acreditar na cena que estava a contemplar e, no
fundo, nem sequer sabia do porquê de estar ali; apenas sabia
que estava, que contemplava.
A vida se esvaindo é algo tão impressionante, tão...
profundo!
Sem direito a últimas palavras, nem os conseguintes últimos
suspiros, nem nada... Apenas o silêncio, o silêncio e a
solidão, em seu dueto calado que, de denso, era quase
tangível... E perturbador, é claro.
Ali não havia nenhuma razão, não havia nenhuma liberdade.
Emoções assumiram o controle e, então, o que havia ali era
puramente ódio e claustrofobia asfixiante. Era como se as
chamas geladas de todos os infernos ascendessem na mente,
esbanjando sutilezas jamais vistas por aqueles olhos. Olhos
esbugalhados e fixados naquele ponto, onde o diabo fazia sua
festa, com toda a sua horda de demônios regentes de todos os
pecados. Era ao mesmo tempo, cruel, desumano e belo...
A vida se foi sem muita demora, assim restando somente a
carcaça fria, suja e pálida. Junta a mais sujeira; estirada
no chão que refletia o rosto daquele homem... Também pálido
e sujo, de pé, tremendo de desespero, que por sua vez, não
fez cerimônia. Num ato quase espontâneo deu conta de sujar
também a parede logo atrás...
Segundos depois, ali não existia mais vida, não existia mais
ódio, não existia mais desespero...
Ali restara somente o vazio.
Fim...
Por Sérgio.
Vou te dar nota 9,9.Todos os seus textos,me agradam muito!Só que reparei que você as vezes usa termos repetidos de pscologia como:A vida se esvaindo é algo tão impressionante, tão...
ResponderExcluirprofundo!
Só por essas questão não é 10.
Mais ficou ótimo!
Bom, não tenho muito mais a dizer do que lhe disse da outra vez.
ResponderExcluirContinuo a procurar algo tão denso assim (se for relacionar com o tamanho). Repleto de antíteses.
Passei a entende-lo apenas de uns dias pra cá e, agora mais do que nunca, vejo que é realmente um conto genial!
Parabéns!
Interessante... Mas té um final mórbido e destrutivo de mais. Odeio finais.
ResponderExcluirEssa era a intensão Hunf. O fim é a alma desse short-tale, é o que dá sentido a tudo.
ResponderExcluirUm homem mata uma pessoa. Simples?
O que eu fiz foi me por no lugar do assassino em questão, depois de cessada a loucura/ódio, que o fez cometer tal ato. A tensão psicológica que o toma ao perceber a que ponto chegou. Aquele desespero... O corpo estirado aos seus pés. Milhões de pensametos! Culpa, medo, raiva, arrependimento; sensação de sufoco. Suicídio.
A mente é um abismo escuro.
Simplesmente !
ResponderExcluirPerfeito !
aDorei !
É incrível como conseguiu passar tanta emoção com tão poucas palavras ...
ResponderExcluirOun muito perfeito *-
ResponderExcluirsério mesmo parabéns
tem talento :)
nossa que chiquee adoreii
ResponderExcluirte deu 10 pontinhos
parabens
xD
tu é bom nisso garoto !!!